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14 de novembro de 2010

Uno Mille é o mais econômico no PBE Veicular 2011

Tabela que mostra eficiência energética de veículos quer estimular racionalização do consumo
Fernado Cymbaluk

Editora Globo
Modelo da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia 2011
Está no ar no site do Inmetro a tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE Veicular) referente ao ano de 2011. Nela, o consumidor poderá consultar a classe de eficiência energética de veículos dentro de sete categorias específicas: subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial leve e fora-de-estrada.

O PBE 2011 tem como novidade a adesão da Ford e a inclusão do primeiro modelo híbrido, o Fusion. Cada veículo participante recebe uma etiqueta (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) com uma nota que varia de “A” (menor consumo e combustível) a “E”. Também são informados valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis.

Na tabela de consumo e eficiência energética, as marcas Fiat e Kia aparecem com o maior número de notas “A”, com destaque para duas versões do Fiat Uno, Fiat Siena, duas versões do Kia Cerato e Kia Sorento. Também receberam notas “A” o Renault Logan e Fluence, Toyota Corolla, VW Gol e Ford Fusion. O modelo mais eficiente é o Fiat Uno na versão Mille Fire Economy, avaliado na categoria dos sub-compactos, com rendimento de 8,9 km/l (etanol) e 12,7 km/l (gasolina) na cidade e 10,7 km/l (etanol) e 15,6 km/l (gasolina) na estrada. O Novo Uno, recém-lançado, tem desempenho pior que o modelo mais antigo, com três versões avaliadas com nota “E”.

Fiat e Volkswagen são as marcas que tiveram mais modelos com nota “E”. A Fiat somou 10 versões com a pior nota, e a VW quatro. O número pode ser explicado pelo fato das duas montadoras serem as que possuem maior número de modelos e versões avaliados. Entre os menos eficientes, destaque para os VW Polo, Jetta e Passat, Fiat Strada e Kia Soul, que apresentaram rendimento variando entre 6,2 km/l e 6,6 km/l (etanol) na cidade e 10,6 km/l e 11,9 km/l (gasolina) na estrada, todos com nota "E" (confira aqui o rendimento dos veículos). Os números são declarados pelos fabricantes e verificados por comissão técnica do Inmetro.

Neste novo ciclo, 73 modelos foram etiquetados, sendo três lançamentos. Participam do programa de forma voluntária as fabricantes Fiat, Kia, Volkswagen, Renault e Toyota, além da Ford. Em entrevista à Autoesporte, o coordenador do Programa de Etiquetagem do Inmetro, Marcos Borges, disse que o objetivo do PBE Veicular é fazer com que todas as fabricantes entrem voluntariamente no programa e adotem o uso da etiqueta (que não é obrigatório, como acontece para eletrodomésticos).

Segundo Marcos Borges, a indústria automobilística dá sinais de uma grande adesão para o próximo ciclo. Ele diz também que a etiqueta do consumo energético deverá passar a incorporar informações sobre a emissão de poluentes, dado que hoje é divulgado separadamente pelo Ibama.
Daniel Arantangy
PBE Veicular visa racionalizar o consumo de combustível no trânsito brasileiro
Estimulando eficiência

O PBE Veicular vem mostrando-se uma importante ferramenta para estimular o consumo racionalizado e eficiente de energia. Segundo o coordenador do Programa de Etiquetagem do Inmetro, Marcos Borges, houve melhora de 3% no nível geral de consumo de combustível dos modelos inscritos no PBE 2011. Além disso, 14 modelos melhoraram suas performances segundo os critérios avaliados, o que indicaria uma evolução tecnológica em 21% dos modelos participantes.

“O objetivo da etiqueta é oferecer ao consumidor mais um atributo, além do preço e da estética, para sua decisão de compra”, diz Borges. “O consumidor passa a exigir a informação, estimulando um processo contínuo de melhoria dos veículos, fazendo com que os carros tornem-se cada vez mais eficientes”, completa o técnico do Inmetro.

O PBE Veicular foi lançado em 2008 e conta com a participação voluntária das montadoras que se dispõe a informar os valores de consumo de, no mínimo, 50% de todos os seus modelos previstos para comercialização no período. O Programa do Inmetro conta com a parceria da Conpet, programa da Petrobrás para racionalização do uso dos derivados do Petróleo. Órgãos governamentais e associações, como Ibama, ANP, Cetesb, Anfavea e Abeiva, são apoiadores da iniciativa.

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