O governo anunciou nesta segunda-feira a redução da mistura do etanol anidro na gasolina, de 25% para 20%, para tentar evitar uma crise de abastecimento e amenizar a disparada de preços.
A nova mistura, que terá validade de 90 dias, começa a valer em 1º de fevereiro.
"A lei define o percentual em 23%, mas o governo tem uma margem para atuar entre 20% e 25%. É possível que na segunda-feira (hoje) alguma medida seja aprovada, mas é importante ressaltar que ela seria pontual", afirmou o ministro.
Stephanes disse à Agência Brasil que, caso o percentual de álcool misturado à gasolina fosse reduzido, essa diferença representaria cerca de 100 milhões de litros de etanol a mais disponíveis no mercado por mês. Esse volume equivale a aproximadamente 7% do consumo dos veículos flex no período.
Segundo Stephanes, a partir de março, a quantidade de cana-de-açúcar colhida deve ser superior às previsões anteriores e suficiente tanto para a fabricação do álcool anidro, adicionado à gasolina, quanto para o álcool hidratado (etanol).
O ministro ressaltou que o problema de oferta de álcool é conjuntural e não estrutural, causado pelo excesso de chuvas no ano passado, que atrapalharam o trabalho das máquinas na colheita da cana e fizeram com que cerca de 60 milhões de toneladas do produto deixassem de ser colhidas. Como as usinas devem antecipar a colheita para março, um mês antes da época normal, em pouco mais de três meses a situação da oferta deve ser resolvida.
(Com informações da Reuters, do Valor e da Agência Brasil)
Fonte Redação UOL